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Bienal de Arte de Veneza está de volta com temática surrealista, predomínio feminino e obras de 58 países

Dois anos após a última edição, a mostra contará com 1.433 obras de 213 artistas de 58 países.

A Bienal de Arte de Veneza está de volta! Foto: Divulgação.

A Bienal de Arte de Veneza, um dos eventos mais significativos e tradicionais do calendário do setor, está de volta e de portas abertas! O tema da 59ª edição é Il latte dei sogni (O leite dos sonhos, em português), é está baseado no título do livro de Leonara Carrington, no qual a autora faz a representação de um mundo surrealista no qual a vida é constantemente reformulada.

Sob curadoria de Cecilia Alemani, a mostra apresenta 1.433 obras de 213 artistas oriundos de 58 países. Entre os artistas escolhidos para o evento principal, há predominância feminina e de pessoas não-binárias, começando pela própria Cecília, que assumiu o posto como a primeira mulher italiana a atuar como diretora artística da Bienal e apenas a quinta de qualquer nacionalidade a ser curadora da exposição central. Além disso, as artistas Simone Leigh e Sonia Boyce foram premiadas com o Leão de Ouro logo na abertura do evento. É a primeira vez em 127 anos de história da mostra que duas mulheres negras são agraciadas com os principais prêmios.

Neste ano, a Biennale está dividida na grande exposição, localizada na sede do Pavilhão Central, no Giardini e o Arsenal, além de eventos em vários pontos da cidade. Outras cinco microexposições, com obras históricas e contemporâneas, dialogam para apresentar a arte sob a ótica do cenário pós-pandemia.

Bienal de Arte de Veneza
O evento é considerado um marco histórico do setor, pois é realizado a cada dois anos, desde 1895. O Palazzo dell’Esposizione (Palácio de Exposições), começou a ser construído um ano antes da primeira edição do evento. Localizado no Giardini di Castello – jardim criado por Napoleão Bonaparte no início do século XIX -, foi projetado pelo arquiteto Enrico Trevisanato. Já a fachada neoclássica é assinada pelo artista veneziano Marius De Maria. A Bienal deste ano também conta com 80 pavilhões de diversos países, incluindo alguns estreantes: Camarões, Namíbia, Nepal, Omã, Uganda, Cazaquistão, Quirguistão e Uzbequistão. No complexo do Giardini estão 29 pavilhões estrangeiros fixos, que se destacam por estarem localizados no polo principal do evento; entre esses está o do Brasil!

Se você está com a Itália na rota das suas próximas férias, aproveite e visite a mostra, que vai até o dia 27 de novembro de 2022.

Fonte: Fundação Bienal de São Paulo

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